Uma das grandes maravilhas do mercado financeiro é o seu enorme leque de aplicações. Atualmente, existem dezenas de modalidades oferecidas aos investidores que podem ser divididas entre dois principais grupos: renda fixa e renda variável.
Esses mesmos grupos são os responsáveis por causar uma das principais dúvidas dos investidores iniciantes: como escolher entre renda fixa x renda variável?
Se você quer saber a resposta dessa pergunta e descobrir qual é o tipo de investimento mais adequado para você, está no lugar certo. Acompanhe a leitura do artigo!
Para entender qual é a categoria de investimentos mais adequada para o seu perfil de investidor, é preciso que você entenda cada uma delas.
Os investimentos de renda fixa, de forma geral, são aqueles cuja a forma de rentabilidade é previamente estabelecida no momento da sua aplicação. Note que, quando falamos de rentabilidade, não estamos dizendo necessariamente o valor que será recebido ao final do investimento (aplicações pré fixadas).
Tamém existem os investimentos de renda fixa pós fixados, que têm rentabilidade atrelada a uma taxa balizadora qualquer, que será a referência para pagar os juros daquela determinada aplicação.
Podemos tomar como exemplo o investimento de renda fixa mais antigo oferecido no mercado: a poupança. Atualmente, a taxa Selic está em 3% ao ano e a rentabilidade da caderneta é de 70% dessa taxa. Perceba que essa é uma rentabilidade fixa: enquanto a Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano, a poupança pagará 70% dela, seja qual for o seu valor.
Assim como a caderneta de poupança, existem outros títulos de renda fixa, como CDBs, CDIs, títulos do Tesouro Direto e debêntures. Alguns com taxas maiores de retorno, outras com menores, mas todas com uma característica em comum: a fixação de uma rentabilidade para a aplicação.
Exatamente pelo fato de serem estabelecidas formas de retorno previamente, esses investimentos são considerados de menor risco. Aconteça o que acontecer com a economia, a sua aplicação renderá exatamente aquela taxa ou aquele valor preestabelecido no momento da contratação.
Sendo exatamente o oposto da renda fixa, a renda variável é uma categoria de investimentos cujo cálculo da remuneração não é previamente estabelecido. Um exemplo clássico desse grupo de aplicações é o mercado de capitais.
Na Bolsa de Valores, o preço dos produtos financeiros nela negociados variam diariamente de acordo com as circunstâncias da economia, das empresas em si, da oferta e da demanda pelas ações e por diversos outros fatores.
Sendo assim, nessa categoria de investimentos o cenário é totalmente imprevisível. Algo de bom pode acontecer e fazer o preço de uma ação aumentar estratosfericamente, bem como podem ocorrer mudanças e episódios negativos que a façam deteriorar.
Obviamente, existem maneiras e maneiras de investir na renda variável. Operações de Day Trade, por exemplo, são consideradas de altíssimo risco, enquanto investir com base nas análises fundamentalistas das empresas tende a reduzir os riscos das operações no longo prazo.
Entretanto, a renda variável nunca será 100% isenta de riscos, mas sempre pagará maiores prêmios aos investidores pelos riscos envolvidos. Por isso, o grande dilema é saber fazer as escolhas ideais de acordo com o que você almeja.
A questão renda fixa x renda variável envolve diferenças em alguns pontos cruciais para a tomada de decisão por parte do investidor. Abaixo você confere 3 deles:
A primeira principal diferença é o risco envolvido em ambas as operações. Os investimentos de renda fixa oferecem riscos muito menores aos investidores, graças às suas taxas de retornos preestabelecidas. Entretanto, os riscos de calote por parte das instituições financeiras sempre existem, apesar de serem pequenos.
Além disso, caso o banco onde você tenha contratado um CDB quebre, por exemplo, o Fundo Garantidor de Crédito se compromete a devolver até R$ 250.000 para o investidor. Caso o valor investido seja superior a esse, a diferença será perdida.
Por outro lado, a renda variável é, indiscutivelmente, mais arriscada. Por sofrer com oscilações diárias, o investidor pode ver seu patrimônio se deteriorar em sua carteira caso faça más escolhas na Bolsa de Valores. Entretanto, a perda só é consumada caso ele opte pela venda naquele valor.
Por isso, quem escolhe investir na renda variável tem que estar disposto a, eventualmente, ver isso acontecer com sua carteira. O mercado de capitais não funciona de forma linear, e é bom que isso fique claro.
A rentabilidade das aplicações é uma questão bastante importante a ser discutida quando o assunto é renda fixa x renda variável.
Atualmente, a Selic está em seu menor nível histórico. Como grande parte dos investimentos de renda fixa são balizados por essa taxa, isso quer dizer que a rentabilidade dessas aplicações conservadoras está baixíssima.
Portanto, aplicações de renda fixa não mais se encaixam para aqueles que querem ver seu patrimônio crescer ao longo do tempo e são indicadas apenas a quem busca alternativas para “guardar dinheiro”.
Diferentemente da renda fixa, a renda variável sempre terá oportunidades de ganhos significativos. Não é à toa que o número de investidores que aplicam na Bolsa cresce a cada dia.
Para quem está em busca de rentabilidade suficiente para aumentar o patrimônio, nas atuais circunstâncias, não existe uma saída melhor do que estudar e adentrar no mercado de renda variável.
Outra diferença entre renda fixa x renda variável é a referência de retorno de ambas.
Enquanto no primeiro a referência é o CDI — Certificado de Depósito Interbancário —, que tem valor praticamente igual a taxa Selic, o segundo tem o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, como referencial para medir o desempenho das aplicações.
Infelizmente, não existe (e nunca vai existir) um investimento que ofereça os retornos proporcionados pela renda variável com os riscos mínimos oferecidos pelas aplicações de renda fixa. Sendo assim, você terá que colocar na balança o que é mais importante para você no momento.
Para muitas pessoas, os produtos de renda variável, como as ações negociadas no mercado de capitais, podem ser mais atrativos graças ao retorno maior. Para outras, o que importa mesmo é apenas proteger o seu patrimônio contra os riscos e contra a desvalorização do dinheiro ao longo do tempo (inflação).
Por isso, o ideal sempre é seguir o seu perfil de investidor, que trará as aplicações mais indicadas de acordo com as suas características. Afinal de contas, cada grupo apresenta suas características e peculiaridades, sendo difícil definir qual categoria é a mais adequada sem antes estabelecer seus objetivos e metas.
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Luana Dennis é analista de conteúdos da WeInvest. Como uma grande entusiasta das transformações que a educação financeira e o investimento inteligente e estratégico podem trazer na vida das pessoas ela visa sempre acompanhar de perto o mercado financeiro para produzir conteúdos de alto padrão.