A questão da previdência privada tem tomado espaço dos veículos midiáticos no mês de dezembro. Isto porque, além da questão das reformas fiscais no Brasil, existe uma preocupação geral de que o rendimento resgatado pela previdência social do INSS não seja suficiente para cobrir os custos e despesas pessoais do aposentado. Por isto, dando seguimento às nossas publicações especiais de previdência privada do mês de dezembro, explicamos quanto custa uma previdência privada, para ajudar o investidor a se programar da melhor maneira possível.
É importante ressaltar que a previdência privada é recomendada para aqueles que têm a receita mensal maior que o teto do INSS, de R$6.101,06. Isto porque se você possui um rendimento acima desse valor, ao se aposentar, será obrigado a reduzir seu custo de vida.
De fato, o plano de previdência privada pode ter custos bastante variados, a depender do seu perfil de investidor e do tempo que você tem disponível até a data que pretende se aposentar.
No plano de previdência, você inicia com determinado montante e, mensalmente, aporta uma determinada porcentagem do salário, que rende conforme a performance do fundo. Além disso, o valor do aporte também vai depender do seu custo mensal de vida. Se suas despesas pessoais têm valor mais alto, de fato, a porcentagem tende a ser mais alta, para alcançar o montante final que será resgatado no momento da aposentadoria.
Fazemos, no entanto, mais um alerta importante. Como sabemos, a previdência privada é um tipo de investimento no longo prazo, e, se você resgata o dinheiro investido em menos de 8 anos, que é o mínimo necessário neste tipo de fundo de investimento, a rentabilidade pode ser menor que o CDI e, mesmo, que a poupança.
Isto porque a rentabilidade é de longo prazo mas, na maioria das vezes, as taxas de administração, custódia e entrada. Por isso, você deve ter em mente não apenas a consistência do seu investimento, mas também ter uma reserva de emergência confortável antes de iniciar sua previdência privada.
Nesta seção, vamos explicar alguns dos custos que envolvem o fundo de investimento de previdência.
Taxa de carregamento de entrada: esta é a taxa mais importante, pois é aplicada no momento em que é aplicado o primeiro aporte. Esta taxa é uma porcentagem retida no seu primeiro aporte. De forma análoga, alguns investimentos podem ter taxa de carregamento de saída, motivo pelo qual o investidor deve ficar atento.
Taxa de administração: como todo fundo de investimentos, o fundo de previdência privada tem uma taxa de administração, que é cobrada anualmente sob o montante total aplicado.
Taxa de custódia: esta é uma taxa pela custódia do fundo pela respectiva instituição financeira. No entanto, há planos de previdência que não têm taxa de custódia, cabendo ao investidor analisar qual a melhor opção para si.
Outro fator que afeta diretamente a questão do custo da previdência privada é a incidência do imposto de renda. A depender do fundo escolhido, a tributação do imposto de renda pode ser progressivo ou regressivo, sendo o progressivo mais vantajoso para aqueles que têm uma renda mais baixa.
Como vimos, as variáveis que incidem no custo de uma previdência privada são muitas. Existem planos de previdência que começam com aportes a partir de 300 reais mensais. Cabe ao investidor fazer uma análise das taxas e tributações incidentes em determinado fundo, sempre levando em consideração a performance do fundo e a compatibilidade entre o risco e o seu perfil de investidor.
Caso tenha dúvidas, não hesite em falar com seu assessor de investimentos, que pode te auxiliar a escolher um fundo mais adequado para você.
Para saber mais sobre o tema, recomendamos também nosso post sobre previdência privada no Brasil. Compartilhe com seus amigos e assine nossa newsletter!
Graduanda em Relações Internacionais com especialização em mercados financeiros, copywriting e comércio exterior. Pesquisadora voluntária em cooperação internacional europeia. Monitora no núcleo de Economia Política Internacional. Apaixonada por educação financeira e produção de conteúdo.