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Previdência privada: saiba o que é, principais vantagens e desvantagens



Você sabe o que é previdência privada? Esse assunto ganhou grande expressividade na mídia nos últimos anos, e isso se deve à descoberta pelos brasileiros da grande fragilidade que existe no sistema previdenciário do Governo Federal, bem como da mudança nas regras que está batendo às nossas portas.

Com isso, é natural que as pessoas que estão preocupadas com o futuro procurem nos investimentos alternativas para complementar a renda a ser obtida pelo INSS ou, simplesmente, utilizem a previdência privada como fonte de renda principal na melhor idade.

Independentemente dos seus objetivos, é necessário conhecer um pouco mais sobre essa modalidade de investimento antes de aplicar o seu dinheiro. No artigo de hoje, mostrarei tudo sobre ela. Acompanhe!

O que é a previdência privada?

A previdência privada, como o próprio nome já sugere, é uma modalidade de aposentadoria oferecida por bancos e outras instituições. Diferentemente da previdência social, fornecida pelo Governo Federal, a pessoa que opta por ela pode programar de quanto serão seus ganhos quando se aposentar, bem como os valores que serão pagos periodicamente no período chamado de acumulação.

Ela pode ser considerada como uma modalidade de investimento, tendo em vista que o valor depositado está sujeito à aplicação de juros, estabelecidos pela instituição no momento da contratação do plano.

A previdência privada é especialmente indicada para aquelas pessoas que estão preocupadas com seu planejamento de futuro, de forma a ter uma vida plena, tranquila e despreocupada quando a terceira idade chegar. A segurança trazida por esse tipo de previdência evitará preocupações com datas de pagamento dos benefícios do Governo, além de possibilitar maior independência graças a uma fonte alternativa de renda.

Algumas pessoas utilizam a previdência privada como fonte única de aposentadoria no futuro. Porém, outras podem optar por ela apenas para incrementar sua renda quando chegar o tão sonhado momento de abandonar suas atividades profissionais e curtir a vida sem preocupações com trabalho e negócios.

Como investir nessa modalidade?

Para investir em uma previdência privada, você deverá buscar uma instituição que ofereça esse tipo de investimento. Em seguida, é necessário entender como funciona. Essencialmente, há duas etapas:

Acumulação

A primeira etapa é a chamada de acumulação. Nesse período, você contribui com aportes financeiros regulares conforme o seu plano. A instituição aplica o dinheiro seguindo a política anunciada, visando sempre o aumento do capital investido.

Pagamento

A segunda etapa é a de pagamento. Nesse momento, é possível optar por um plano com recebimentos mensais ou, para quem preferir, realizar o resgate integral do capital, em apenas um pagamento.

A opção de receber o valor mediante pagamentos mensais é adequada para quem procura uma renda fixa, enquanto o resgate integral poderá atender àqueles que desejam investir o valor na compra de um bem, por exemplo.

Quais são os tipos de previdência privada existentes?

Também é importante conhecer os tipos de previdência privada que existem no mercado. Há duas categorias: Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). Diferenciamos as duas opções a seguir:

Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL)

É o mais indicado para quem declara o seu Imposto de Renda pelo modelo completo. Isso porque, nesse caso, o valor pago pode ser abatido da base de cálculo da sua declaração até o limite de 12% da renda bruta tributável. Com isso, a pessoa que opta por essa modalidade pode ter um aumento no valor da sua restituição de Imposto de Renda.

Outro ponto importante a considerar é que, no PGBL, a tributação incide apenas na hora que o fundo for resgatado, independentemente de ser total ou parcelado, incidindo sobre o valor que foi acumulado.

Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL)

O outro plano de previdência privada é o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). A principal diferença desse tipo para o anterior está ligada à tributação. O Imposto de Renda não será aplicado sobre todo o dinheiro que foi acumulado, mas somente sobre o rendimento da aplicação.

Por exemplo, se você aplicou R$ 100.000,00 e, ao final do período de acumulação foi possível obter um valor de R$ 106.000,00 a alíquota do IR incidirá apenas sobre os R$ 6.000,00.

Apesar do benefício tributário, nessa modalidade não existe a possibilidade de dedução das parcelas depositadas em sua Declaração do Imposto de Renda. Por isso, é mais indicada para pessoas que declaram pelo modelo simplificado.

Para saber qual a previdência mais indicada para você, clique aqui.

Quais são as vantagens e desvantagens da previdência privada?

Uma das vantagens principais da previdência privada é a desvinculação com o Governo Federal. Aquele que adquire um dos títulos que mencionamos anteriormente poderá programar a sua aposentadoria e ter controle sobre quando vai se aposentar, além de ter uma base de quanto receberá em seus anos como aposentado.

Nesse contexto, o investidor não precisará se preocupar com possíveis mudanças na lei que regulamenta a Previdência Social. Além disso, não existem limites mínimos de idade para a aposentadoria pela previdência privada, sendo o próprio titular que determina a idade em que começará a receber os frutos do investimento.

Por fim, existem também algumas desvantagens em optar pela previdência privada. Uma delas é que não conta com o Fundo Garantidor de Crédito, muito comum em outros títulos de renda fixa, como LCI, LCA. Por isso, é de fundamental importância que você escolha instituições sólidas, com mais tempo de mercado, para fazer o seu investimento.

A previdência privada também não goza de uma alta liquidez, tendo em vista que é um investimento de longo prazo, e o seu resgate está sujeito ao imposto de renda. Algumas pessoas também podem apontar a rentabilidade mais baixa da previdência privada comparado com outros investimento. Contudo, investimentos com rentabilidade mais elevada podem apresentar uma maior exposição ao risco.

Outra informação muito importante que você deve ter em mente é o fato de que, mesmo tendo um título de previdência privada, você continuará com a obrigação de contribuir com o INSS. Afinal, trata-se de uma obrigatoriedade para todo brasileiro que aufere algum tipo de receita legalmente constituída.

Agora que você já sabe o que é previdência privada, bem como suas vantagens e desvantagens, ficará mais fácil decidir se esse tipo de investimento é o ideal para você. Vale reforçar que a análise requer um bom entendimento sobre o seu perfil e objetivos, de forma a tomar a melhor decisão. Uma ajuda especializada também é fundamental.

Se você quiser se aprofundar um pouco mais sobre o assunto, sugiro a leitura do meu texto que fala sobre as principais mudanças que ocorrerão com a reforma da previdência.


Luana Dennis

Luana Dennis é analista de conteúdos da WeInvest. Como uma grande entusiasta das transformações que a educação financeira e o investimento inteligente e estratégico podem trazer na vida das pessoas ela visa sempre acompanhar de perto o mercado financeiro para produzir conteúdos de alto padrão.


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