Cada vez mais, o dólar é a moeda mais desejada na carteira de qualquer investidor. Além de ser a moeda mais forte do mundo e o meio de troca no comércio internacional, o dólar está atrelado ao mercado financeiro mais sofisticado do mundo e ao país mais importante do sistema internacional. Nas corretoras brasileiras, portanto, existem diversas formas de se investir na moeda e dolarizar seu patrimônio, protegendo-se, de alguma maneira, da insegurança jurídica e do chamado “risco Brasil”. Neste post, nós mostramos como investir em dólar na B3.
Os BDRs, ou Brazilian Depositary Receipts, são ativos novos na B3 que têm por objetivo representar ações listadas em bolsas estrangeiras. No final de novembro de 2020, lançaram-se 37 novos BDRs, em função da maior demanda com ativos com alta correlação com dólar. A maioria destes ativos são listados na Nasdaq, tornando-se excelentes opções para investir em dólar.
Os BDRs têm por objetivo democratizar o acesso a ativos estrangeiros, dado que a maioria deles estão disponíveis tanto para investidores qualificados quanto para varejo. O lastreamento em dólar ajudou, especialmente em 2020, a rentabilizar carteiras e aumentar a diversificação internacional.
O IVVB11 é um ETF (Exchange Trade Fund) cujo objetivo é replicar o índice do S&P 500, que representa as 500 ações mais negociadas em bolsa de valores americana. Por ser um fundo de índice, é um único ativo com exposição em diversos ativos da bolsa americana, aumentando a sua diversificação patrimonial e também setorial.
Além de ser interessante para diversificar e se expor ao dólar, o IVVB11 também é um facilitador de custos, enquanto dispensa a burocracia de criar uma conta em corretoras estrangeiras. Ademais, o S&P 500 tem algumas das empresas mais valiosas do mundo, como Alphabet, Microsoft, Apple, Amazon e, recentemente, a Tesla, empresa de carros elétricos de Elon Musk.
Outras opções um pouco mais arriscadas são o mercado futuro e os contratos cheios, além dos mini contratos. Por serem de curto ou médio prazo, consideram-se formas de se investir em dólar com maior risco.
Neste post, ensinamos como operar mini índices, o que ocorre de maneira semelhante ao mini dólar. A diferença entre a operação de mini índice e mini dólar é o ticker: para operações em mini dólar, utilize WDO, seguido da letra de mês de vencimento e os dois dígitos do ano.
Por exemplo, para operar um contrato de mini dólar com vencimento em outubro de 2021, o ticker seria WDOV21.
O mercado futuro também possibilita o investimento em dólar. Para saber o que esperar do dólar, recomendamos também esta publicação, com alguns indicativos da variação da moeda que podem te ajudar a acertar a avaliação.
Os fundos de investimento internacionais também têm se mostrado uma excelente opção de investimento em moeda estrangeira. Sabemos que o mercado brasileiro é extremamente volátil, mas, por vezes, por não saber a dinâmica do mercado financeiro no exterior, algumas decisões precipitadas podem levar a perdas em dólar.
Como a lógica de todo fundo de investimentos, ao comprar cotas, você transfere seu patrimônio para um gestor que tem a competência e especialização para fazer as devidas alocações, e, assim, consegue ter ganhos sem se preocupar em abrir o home broker e acompanhar o mercado estrangeiro com uma grande frequência no curto e médio prazo.
Atenção, investidor: antes de investir em qualquer fundo, recomendamos analisar sua lâmina, seu rendimento e sua taxa de administração. Os três fatores são fundamentais para que esteja alinhado com seu perfil de investidor e seus objetivos.
Os COEs, ou certificados de operações estruturadas, são ativos complexos que misturam papéis de renda variável com renda fixa, aumentando seu hedge. O COE atrela um título de crédito com derivativos e, é uma boa opção para aquele investidor que deseja obter maiores. Porém, sem estar 100% exposto ao risco da volatilidade.
Os COEs podem ajudar o investidor a se expor ao dólar. Assim, os ativos de renda variável aos quais o COE pode se atrelar podem ser não somente ações, mas também ouro, índices, commodities e moedas. A saber, os dois últimos incluem necessariamente o dólar.
A desvantagem do COE, no entanto, é sua taxa de administração mais alta. O COE não tem recomendação para pequenos investidores, pois precisa de aportes mais altos, a partir de R$5 mil reais.
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Graduanda em Relações Internacionais com especialização em mercados financeiros, copywriting e comércio exterior. Pesquisadora voluntária em cooperação internacional europeia. Monitora no núcleo de Economia Política Internacional. Apaixonada por educação financeira e produção de conteúdo.