Você sabe como escolher o prazo de investimento de acordo com os seus objetivos? Essa questão pode parecer um mero detalhe, em uma análise inicial. No entanto, a escolha correta fará total diferença na realização dos seus sonhos. Afinal, existem diversos ativos no mercado financeiro e, consequentemente, cada um tem características próprias e atendem a um perfil ou necessidade específica.
Está interessado em saber mais sobre o assunto? Neste post, explico detalhadamente o que é o prazo de investimento, com dicas que ajudarão você nessa escolha, considerando seus objetivos, além de explicar como fazer projeções de rentabilidade das suas aplicações financeiras. Boa leitura!
Não há muitos segredos em relação a essa pergunta. O prazo de investimento faz referência a data de encerramento ou de vencimento da aplicação financeira. Quando isso acontece, o dinheiro aplicado no ativo voltará para você mais os juros (são os rendimentos das aplicações financeiras) acordados.
Existem diversos tipos de investimentos e cada um apresenta características distintas. Uma delas é justamente em relação ao prazo, pois há alternativas de curto, médio e longo prazo. Geralmente, as aplicações de curto prazo apresentam alta liquidez, ou seja, você consegue resgatar o dinheiro acumulado na aplicação financeira quando desejar ou mesmo em um curto tempo. Os investimentos de longo prazo, por sua vez, tendem a apresentar menor liquidez.
Diante de um leque amplo de opções, nem sempre é fácil escolher um ativo ou mesmo um prazo que esteja em sintonia com os seus objetivos. Porém, ficando atento a algumas questões, você fará uma escolha mais assertiva. Entre os principais aspectos estão a definição dos objetivos, a divisão de opções de curto, médio e longo prazo e a diversificação da carteira. Veja sobre essas questões na sequência do artigo.
Sem dúvida alguma, o primeiro passo para escolher o prazo de investimento é a definição dos seus objetivos. Isso porque eles nos ajudam a dar um direcionamento às nossas escolhas.
Além disso, existem diversas aplicações financeiras e cada uma tem um perfil específico, portanto, atendem a uma determinada meta. Entre alguns objetivos estão a abertura de um negócio, expandir uma empresa abrindo novas filiais, comprar um carro, fazer um intercâmbio, uma viagem internacional etc.
Após definir os objetivos, fica mais fácil fazer a divisão dos investimentos entre opções de curto, médio e longo prazo. Caso tenha interesse em investir em curto prazo (se deseja fazer, por exemplo, uma viagem em menos de 2 anos), o ideal é escolher opções conservadoras. Dessa forma, não há o risco de perder dinheiro e você garantirá o alcance do objetivo. O Tesouro Selic e os CDBs (Certificado de Depósito Bancário) são uma ótima ideia.
Se tiver objetivos com um prazo um pouco mais longo, entre 2 e 5 anos, as aplicações financeiras de médio prazo são boas escolhas. Nesse momento, vale a pena fazer aportes em diferentes investimentos com o objetivo de diversificar a carteira e ter acesso a melhores rentabilidades. Os fundos multimercados atendem a esse perfil, pois, com apenas uma aplicação, você estará investindo em vários ativos.
Por fim, se os objetivos forem de longo prazo (começar a juntar uma poupança para financiar a faculdade dos filhos assim que eles nascerem, por exemplo), as aplicações com um prazo superior a 5 anos são uma ótima ideia. Entre algumas alternativas estão os planos de previdência, fundos multimercado e ações.
Independentemente dos seus objetivos, a diversificação da carteira é uma estratégia fundamental para os seus investimentos. Primeiramente, você protegerá o seu patrimônio contra grandes perdas. Além disso, será possível ter acesso a diferentes ativos que possam oferecer boas rentabilidades.
Agora, você deve estar se perguntando: qual é a melhor forma de diversificar a carteira? Podemos resumir essa ideia em um ditado popular: “nunca coloque todos os ovos na mesma cesta”.
Assim, é importante destinar parte do seu patrimônio em investimentos de renda fixa (ativos mais conservadores, quando o investidor sabe qual será a rentabilidade, conhecida assim que a pessoa faz a aplicação ou no momento do resgate) e outra parcela em renda variável (ativos mais arrojados, pois o investidor não sabe qual será a rentabilidade, ou seja, são investimentos mais voláteis).
Não há uma regra exata para determinar a porcentagem pela qual você destinará a sua carteira para opções de renda fixa e renda variável. Essa questão depende dos seus objetivos de vida, da sua situação financeira e do seu perfil de investidor.
Esse também não é um questionamento simples, no entanto, é muito importante, pois ajuda as pessoas a escolherem os investimentos. Como as aplicações financeiras apresentam rendimentos baseados na dinâmica dos juros compostos, ou seja, o famoso “juros sobre juros”, a maneira mais eficiente de fazer projeções da rentabilidade é conhecer a dinâmica desse tipo de juros.
Vale destacar que alguns fatores farão o seu investimento render mais e, consequentemente, contribuirão para aumentar o valor resgate. Entre eles estão o capital inicial (valor do aporte inicial na aplicação financeira), novos investimentos (quanto mais investimentos, maior tende a ser a rentabilidade no final da aplicação), a taxa de juros (quanto maior a taxa, maior será a rentabilidade) e o tempo da aplicação.
Em relação ao tempo, podemos dizer que quanto maior for o período em que você fizer um investimento, maior será a rentabilidade. Dessa forma, caso opte por permanecer com um ativo por um longo prazo, será possível ter uma boa rentabilidade, pois os juros vão acumulando com o tempo devido ao seu efeito multiplicador.
Diante de tantas opções de aplicações financeiras no mercado, não é fácil escolher o prazo de investimento. Isso porque é necessário levar diversas questões em consideração, como os objetivos de vida, a divisão de opções de ativos de curto, médio e longo prazo e a diversificação da carteira. Por outro lado, caso implemente as práticas abordadas ao longo do artigo, você fará escolhas assertivas e, certamente, terá sucesso nos seus investimentos.
Agora que você já sabe como escolher o prazo de investimento de acordo com seus objetivos, aproveite para entender as principais diferenças entre rentabilidade e lucratividade!
Luana Dennis é analista de conteúdos da WeInvest. Como uma grande entusiasta das transformações que a educação financeira e o investimento inteligente e estratégico podem trazer na vida das pessoas ela visa sempre acompanhar de perto o mercado financeiro para produzir conteúdos de alto padrão.