Sabemos que para fazer um bom investimento, além de estudar o mercado, é preciso compreender um pouco sobre os vários métodos de análise – seja gráfica, seja fundamentalista. Os gráficos dos ativos são uma das maneiras que um analista usa para identificar tendências de alta e de baixa em determinado investimento, e, assim, fazer bons trades. No entanto, um estudo de análise gráfica pode ser muito complexo e lança mão de diversas técnicas para qualificar uma análise. Por isto, neste post, nós mostraremos o que são Ondas de Elliott e como elas podem te ajudar a fazer bons trades.
Ondas de Elliott referem-se a uma técnica de análise gráfica criada por Ralph Nelson Elliott. Elliott e Charles Dow, da famosa Teoria de Dow, são dois contadores que revolucionaram o pensamento grafista e desenvolveram duas teorias acerca da precificação de ativos através de gráficos, possibilitando que os traders conseguissem observar tendências de mercado. O principal pressuposto das ondas de Elliott é que o mercado apresenta movimentos repetitivos, de maneira quase que cíclica. Através das ondas de Elliott, busca-se identificar ciclos de uma série de preços de uma ação em determinado período, de maneira a ajudar o trader a decidir sobre a compra ou venda.
Assim, as ondas de Elliott são uma maneira de demonstrar que o mercado reflete o comportamento das massas, de maneira que segue majoritariamente três princípios:
Diferentemente da Teoria de Charles Dow, Elliott buscou, através de sua teoria, demonstrar de que forma a emoção (seja insegurança, medo ou mesmo ganância) pode afetar os preços no mercado. Mostraremos a seguir cada um deles:
Emoção: A emoção em Ondas de Elliott dita que os registros no gráfico candle são uma impressão do humor dos compradores e vendedores daquele ativo. Desta forma, o comprador ou vendedor decide que, a depender do volume, precifica o ativo.
Impulsão: funciona de maneira parecida com o ‘efeito manada’. Geralmente, em cenários de incerteza e alta volatilidade, os investidores podem seguir o movimento do mercado por um viés de confirmação parecido com o FOMO (fear of missing out), em vez de, propriamente, fazer uma análise racional do gráfico.
Subjetividade: a subjetividade, portanto, seria um misto de emoção com impulsão.
De maneira geral, as ondas de Elliott são ciclos de cinco ondas de tendência e três ondas de correção. A proporção gráfica utilizada é a mesma proporção de Fibonacci, de aproximadamente 1,16.
Os ciclos destas ondas te ajudam a identificar um padrão de repetição nos preços do gráfico, de maneira que possibilita prever de alguma forma os movimentos do mercado. A saber, este modelo de ciclo de ondas é chamado 12345ABC (representando as 5 ondas de tendência, acrescida das 3 de correção).
Identificando em qual onda o mercado está, é possível prever o movimento, sabendo que, segundo a teoria, o mercado segue a tendência das próximas.
As ondas 1, 3 e 5 representam euforia de mercado (sendo que a onda 5 representa a epítome da euforia). São as chamadas ondas de impulso. Por outro lado, as ondas 2 e 4 são momentos de incerteza/medo no mercado.
As ondas ABC, por outro lado, representam o movimento final do ciclo. A onda A é representada por uma forte baixa no preço do ativo. A onda B, em seguida, é uma leve onda de impulso, ainda que com volume e inclinação muito menor que as demais ondas de impulso. Por fim, a onda C representa forte depreciação no preço do ativo.
Fibonacci e teoria de ‘topos e fundos’ são dois tipos de análise gráfica que certamente podem te ajudar a identificar as ondas de Elliott. No entanto, para saber se a técnica tem validade para sua carteira é aplicando-o à sua realidade e aprendendo mais sobre a temática.
Então, para momentos de volatilidade, a compreensão da análise técnica é extremamente importante. Você sabe o que é volatilidade?
Graduanda em Relações Internacionais com especialização em mercados financeiros, copywriting e comércio exterior. Pesquisadora voluntária em cooperação internacional europeia. Monitora no núcleo de Economia Política Internacional. Apaixonada por educação financeira e produção de conteúdo.