Durante o mês de janeiro, experimentamos intensa volatilidade na B3. A oscilação de preços causou estranhamento e pânico para muitos dos investidores iniciantes, e mesmo para alguns dos mais experientes. A saber, a volatilidade ajuda a medir o risco de nossos investimentos e também é um fator considerado por investidores internacionais antes de colocar capital em determinado país. Fizemos um post detalhado a seguir sobre o tema. Confira!
Volatilidade é um indicador econômico que analisa a velocidade com que determinado ativo oscila de preço. Ademais, volatilidade analisa, além da velocidade, a intensidade com que um ativo muda de preço. Ativos mais voláteis tendem a ter mudanças bruscas de preço entre a alta e a queda. Além disso, a frequência na qual o preço dos ativos tende a oscilar também é um determinante para a volatilidade.
A importância da volatilidade para os investidores é medir o risco de determinado investimento, além de auxiliar um investidor a lucrar com suas oscilações. Volatilidade, portanto, pode ser benéfica para o investidor, se ele souber identificá-la e se posicionar diante do mercado de uma maneira que o possibilite obter ganhos.
A volatilidade de determinado ativo é analisada a partir do cálculo de seu desvio-padrão médio, levando em consideração a rentabilidade diária que este ativo apresenta em determinado período de tempo. Ações, em geral, tendem a ter maior volatilidade – e portanto, maior risco – que investimentos em renda fixa, como letras de crédito e notas do Tesouro. Por isso, em contrapartida, seu retorno também é maior.
Importante perceber que volatilidade nem sempre é algo ruim ou bom – um investimento muito volátil nem sempre entregará boas rentabilidades. No entanto, é essencial saber seu perfil de risco para que a variação dos preços dos seus ativos não tire seu sono.
Em geral, pessoas com um perfil mais arrojado tendem a gostar de ativos voláteis, pois as grandes oscilações de preço podem garantir bons retornos caso a pessoa esteja bem posicionada num momento de baixa do mercado.
Imagine, por exemplo, que alguma notícia cause instabilidade política e abale fortemente o mercado. Uma determinada empresa listada em bolsa, altamente volátil, apresentará uma variação de preço maior que a média das demais empresas (suponha que o mercado caia 10% e, esta empresa, 15%). Caso o investidor identifique essa volatilidade e compre os papéis no momento de baixa, certamente sua rentabilidade será maior quando o mercado se recuperar.
Atenção, investidor: é importante manter-se informado sobre o fluxo de caixa, governança, o mercado e o processo de tomada de decisão das empresas nas quais você é acionista. Isso é essencial para minimizar perdas e garantir bons investimentos.
A regra é clara: diversificação. A volatilidade de ativos pode ocorrer por uma série de motivos. Oscilações de preços podem se dar:
Por este motivo, recomenda-se uma diversificação entre diferentes papéis, diferentes setores e mesmo diferentes tipos de ativos. Todos os ativos são suscetíveis à volatilidade, alguns mais que outros. Ativos de renda variável (fundos, moedas, ações, commodities e FIIs) são mais voláteis que ativos de renda fixa. Essa percepção é essencial para fazer uma boa distribuição de capital entre seus investimentos.
Para avaliar melhor as empresas antes de investir, um dos bons indicadores é o ROE. Indicamos pra você este post sobre ROE, ROI e ROA para melhorar sua análise sob os papéis listados em bolsa!
Graduanda em Relações Internacionais com especialização em mercados financeiros, copywriting e comércio exterior. Pesquisadora voluntária em cooperação internacional europeia. Monitora no núcleo de Economia Política Internacional. Apaixonada por educação financeira e produção de conteúdo.
