O mercado de ações sempre gera muitas dúvidas na mente dos empreendedores, até mesmo os que já iniciaram suas aplicações e investem em outros títulos tidos como mais seguros ou moderadamente arriscados.
A falta de informações sobre o assunto acaba fazendo com que muitos acreditem que as ações são destinadas apenas a investidores mais arrojados, que têm muito dinheiro para investir e não se preocupam tanto em perdê-lo.
Entretanto, isso é algo totalmente equivocado. Afinal, muitas pessoas podem ter acesso às ações e de forma relativamente segura, caso siga alguns passos. No artigo de hoje, mostraremos tudo o que você precisa saber sobre esse empolgante mercado.
Você já deve ter ouvido ou lido notícias do tipo: “empresa X está com suas ações em alta/queda no mercado”, ou “as ações de X estão em queda na Bolsa de Valores após as eleições”. Mas, afinal, o que vem a ser a definição exata de ações?
Elas podem ser entendidas como pequenas partes de uma organização que, juntas, formam o valor do capital de uma companhia. Parte desse montante pode ser dividido e vendido para as pessoas em geral e, à medida que a organização vai gerando resultados, os valores vão sendo distribuídos a cada um daqueles que possuem partes dela.
Muitas pessoas conhecem ações pelo nome de “papéis” — inclusive, neste artigo, vamos nos referir a elas dessa forma diversas vezes. Elas receberam essa nomenclatura porque antes da revolução da era tecnológica, as ações eram impressas em papel, com o objetivo de comprovar que a pessoa adquiriu uma parte da empresa e teria o direito de receber seus lucros.
Graças à tecnologia, toda transação com ações é realizada em meio digital utilizando ferramentas específicas. Dessa forma, não é mais necessário nenhum tipo de documento impresso para comprovar que você possui ações de determinada empresa.
Além de não ser mais necessário imprimir esses documentos, outro detalhe que mudou muito nos últimos anos é o processo de compra e venda. Antigamente, para fazer isso, o investidor deveria seguir um processo complicado e desconhecido pela maioria, mas as coisas mudaram.
Muitas pessoas ainda acreditam que a compra e venda de ações é um procedimento complexo e inacessível, porém, você verá que isso está longe de ser verdade.
Além de entender o conceito de ações, também é importante conhecer os tipos existentes no mercado. Vamos descrever cada um deles neste tópico. Continue lendo!
As ações ordinárias são modalidades que dão direito ao investidor de participar da administração do negócio, possibilitando que ele vote nas assembleias realizadas pela organização periodicamente.
Dessa forma, quanto mais ações ordinárias um investidor possuir, mais peso terá o seu voto, tendo em vista que ele terá uma participação maior na companhia. Esse tipo de papel é identificado como ON.
As ações preferenciais, ou PN, são um tipo de título que não dá direito à participação nas decisões sobre o negócio, no entanto, caso você as possua, terá preferência na hora de receber a distribuição de lucros da empresa, assim como os dividendos e outros tipos de compensação.
Esse tipo de ativo é composto por diversas ações, que podem ser ordinárias e preferenciais. A lógica por trás desse tipo de investimento é bem simples de ser entendida: o objetivo é comprar um conjunto de papéis, que tenham variados formatos, dentro de um mesmo pacote.
Assim, o investidor terá o benefício das PNs, tendo preferência para receber dividendos, bem como o poder de voto concedido a quem tem ações ordinárias.
As Blues Chips são ações de empresas com altos volumes de negócio dentro da Bolsa de Valores. Basicamente, são aquelas mais famosas, como Petrobras, Itaú, Ambev, Vale, entre outras.
As Mid Caps estão em uma posição intermediária de negociações na Bolsa de Valores. Geralmente, esses ativos estão listados em organizações de médio porte..
A definição exata do tamanho de uma Mid Cap varia um pouco, mas no geral consideram-se nesse grupo as empresas que possuem valor de mercado entre US$2 e US$10 bilhões.
Por fim, temos as Small Caps. Esse tipo de ação é mais barata e pode significar uma grande oportunidade de ganho para um investidor. Geralmente, elas estão ligadas a empresas menores (com valor de mercado inferior a US$ 2 bilhões) ou que ainda estão iniciando em seu mercado de atuação.
O conhecimento e entendimento dos tipos de ação nos traz a primeira lição deste guia e quebra um grande paradigma do mercado: engana-se quem afirma a impossibilidade de investir em ações sem possuir uma grande quantia de dinheiro.
Como você pode notar, em 3 dos tipos de ações que mencionamos encontra-se a divisão de papéis de alto, médio e, até mesmo, baixo valor, possibilitando que mesmo um investidor iniciante, que não tenha muitos recursos para investir, inicie neste mercado.
Basicamente, o mercado de ações é um ambiente de negócios em que se comercializa o capital social de diversas empresas em forma de títulos ou papéis. As companhias atendem a uma série de critérios exigidos pela B3 e a Comissão de Valores Mobiliários e disponibilizam esses títulos para os investidores.
Esse mercado é totalmente aberto ao público. Isso significa que qualquer pessoa interessada e que respeite as regras pode comprar as ações disponibilizadas. Nesse sentido, ao comprar uma ação, você se torna dono de uma parte de determinada companhia podendo, inclusive, manifestar sua opinião em suas decisões por meio do voto, no caso de quem possui ações ordinárias.
Ainda no campo conceitual do investimento em ações, vamos apresentar para você o que é a Bolsa de Valores. Ela nada mais é que o ambiente onde ocorrem todas as negociações de compra e venda de papéis das empresas de capital aberto.
Em nosso país, essa instituição é chamada de Brasil Bolsa Balcão ou, simplesmente, B3. Além da comercialização de ações, nela também ocorre a venda de outros títulos como os do Tesouro Direto, além de commodities, moedas e outros ativos.
Nesse sentido, a Bolsa de Valores brasileira tem como objetivo, além de gerenciar e intermediar a negociação, organizar e garantir a segurança das informações e dados envolvidos no processo.
Ou seja, ela é a responsável por garantir que o negócio seja realizado de forma correta, evitando que desvios de informações e recursos ocorram nas negociações entre vendedores e compradores.
Agora, vamos passar para a parte prática do mercado de ações. Você aprendeu como ele funciona, entendeu quais são os principais tipos de ação e conheceu um pouco mais sobre a Bolsa de Valores. A partir desse ponto, mostraremos os passos que devem ser seguidos para garantir que tenha resultados nesse mercado. Acompanhe!
À medida que adquirir mais conhecimento, poderá aplicar em ativos mais avançados, que têm um grau de risco um pouco maior, mas que podem proporcionar grandes ganhos no futuro. Portanto, é crucial ter em mente que o investimento em ações exige do investidor o aprendizado constante.
Para investir em ações é necessário adotar algumas práticas para escolhê-las corretamente. Inicialmente, você deve estudar o mercado de atuação da empresa em que planeja investir.
Isso evitará que adquira papéis de um negócio que pode não gerar resultados no momento. Além disso, também é importante buscar informações com investidores experientes ou com sua própria corretora.
Contar com esse tipo de assessoria evitará que cometa um erro fatal ao comprar ações de forma incorreta ou em momentos inapropriados. Além disso, também é importante atentar-se ao perfil do investidor, que descreveremos melhor no próximo tópico.
Basicamente, existem três perfis de investidor:
O primeiro é o conservador. Muitos deles até mesmo evitam o investimento em ações. Preferem ficar com outros tipos mais seguros, tais como os de renda fixa.
Aqui, o foco é a segurança e a preservação do valor investido, mesmo que isso implique em um rendimento menor no futuro. Esse perfil também visa uma alta liquidez e previsibilidade de retorno.
Perfil Moderado
O outro tipo de perfil é o moderado. Esse tipo de investidor visa equilibrar risco e rendimento para potencializar a remuneração. No entanto, a tolerância a perdas é moderada. Por isso, investe tanto em renda fixa quanto em variável, tendo essa segunda opção uma participação mais significativa.
Perfil Arrojado
Além desses, temos o arrojado. Ele está disposto a correr riscos altos visando retornos altos. Muitas vezes investirá em ações que a maioria das pessoas teria medo de aplicar seu dinheiro.
Quando você entende o mercado de ações e começa a ver os resultados alcançados por quem investe nele, acaba sendo conquistado pelas grandes oportunidades de lucro que podem ser geradas. No entanto, é preciso ter cuidado na hora de comprar um papel.
Afinal, da mesma forma que pode ser uma transação altamente lucrativa, também pode gerar prejuízos, fazendo com que você perca dinheiro.
Portanto, inicialmente, é preciso definir o seu perfil, de acordo com as informações que mencionamos no tópico anterior. Depois disso, estabeleça um objetivo financeiro, visto que é ideal saber o que pretende fazer com seus investimentos.
Investir sem um objetivo em mente pode fazer com que seu dinheiro fique travado por certo tempo, talvez até deixando-o sem recursos para pagar algumas despesas fundamentais do dia a dia.
Sendo assim, o próximo passo é analisar as suas finanças. Analise se você pode dispor de determinado valor por um período, lembrando que o dinheiro investido deverá permanecer intacto até que seus objetivos sejam atingidos.
Em seguida, analise o histórico da empresa, bem como o mercado em que ela atua. Isso garantirá que evite cometer o erro de aplicar seu dinheiro em um empreendimento fadado a gerar prejuízos.
Por fim, conte com o apoio de uma empresa especializada e busque informações, assim como fez quando decidiu abrir este artigo. Analisando cada um desses passos, terá um embasamento mais sólido e saberá quais são as ações ideais para o seu perfil e objetivos.
Escolher uma corretora ideal para fazer seus investimentos em ações pode fazer toda a diferença nos seus resultados. Além das taxas que serão cobradas, é importante avaliar o tipo de serviço que é prestado, bem como a exatidão das informações repassadas ao investidor.
Nesse contexto, existe uma série de informações que devem ser observadas antes de contratar uma corretora. Vamos destacar os pontos fundamentais aos quais é preciso prestar atenção.
Renda mínima e quantia necessária não são requisitos para que comece a investir em ações. Ou seja, mesmo recebendo apenas um salário-mínimo a cada mês, você ainda pode começar a aplicar uma pequena parte do seu dinheiro, ou criar uma reserva para investir depois.
Com relação ao valor mínimo, na prática, isso não existe. A questão é que as empresas vendem as ações em lotes e, dependendo do valor de cada uma delas, pode haver uma definição quanto à quantidade de lotes que um investidor pode comprar.
Isso significa que talvez seja estipulada uma quantidade mínima de ações que podem ser adquiridas, sendo que o valor a ser investido dependerá da empresa. Por exemplo, uma Small Cap terá lotes bem inferiores em comparação com uma Blue Chip.
Após ler todas essas informações, certamente, o mercado de ações deverá ser algo menos complexo do que você já deve ter lido ou ouvido por aí. Com base nelas, será mais fácil iniciar o seu processo de investimento e, consequentemente, gerar mais resultados.
Gostou deste artigo? Quer continuar aprendendo sobre o assunto? Então veja o artigo em que ajudamos você a escolher entre investir em ações ou fundos de ações.
Luana Dennis é analista de conteúdos da WeInvest. Como uma grande entusiasta das transformações que a educação financeira e o investimento inteligente e estratégico podem trazer na vida das pessoas ela visa sempre acompanhar de perto o mercado financeiro para produzir conteúdos de alto padrão.