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O que os gestores dizem sobre o dólar?

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De dezembro de 2019 até dezembro de 2020, em função da pandemia do coronavírus e das políticas monetárias e econômicas necessárias para conter a questão do desemprego e do isolamento, o real perdeu 28% do seu valor. Hoje, em 2021, comparada a dezembro, a desvalorização segue crescendo. Alguns gestores, pensando nisso, fizeram diferentes análises acerca do dólar para 2021. Por isto, neste post, nós mostraremos o que alguns dos grandes gestores do mercado financeiro estão dizendo sobre o dólar.

AZ Quest

AZ QUEST

A AZ Quest, gestora de recursos tradicional fundada em 2001, tem fundos com estratégias long and short, long biased, fundos previdenciários, crédito privado e com exposição global. Ao todo, a AZ Quest totaliza 24 fundos de investimento, para diferentes estratégias, perfis de investidor e objetivos. 

Bernardo Zerbini, gestor da AZ Quest, disse em entrevista à MoneyTimes que a gestora estava aumentando sua posição em real, se beneficiando com a queda do dólar, visto que acreditam estar exagerada a medida de preço do câmbio utilizando métricas como, por exemplo, termos de troca.

No entanto, Zerbini diz que o aumento da posição é cautelosa. Haja vista que a incerteza do cenário macroeconômico brasileiro aumentou consideravelmente (questões, por exemplo, quanto ao orçamento e o teto de gastos).

O gestor afirma, ainda, que não é uma tomada de decisão de longo prazo, e sim uma call que busca se beneficiar numa janela de valorização do real no prazo de alguns meses. Zerbini ainda fala de uma Selic mais alta ainda esse ano, o que, com a contração monetária, pode impulsionar a valorização do real.

Alaska Asset

Alaska Asset

A tradicional é uma das mais conhecidas gestoras do Brasil, Alaska Asset. Tem em seu quadro de sócios os gestores Luiz Alves Paes Barros e Henrique Bredda, em entrevista à InfoMoney, também deu seu parecer sobre o dólar. 

Na entrevista em questão, Bredda fala sobre apostar na queda do dólar em abril. Então, hoje, os fundos Alaska têm uma exposição maior em commodities, através de papéis brasileiros como Petrobrás, Vale e Cosan. Com uma visão otimista, Bredda diz que os fundos Alaska continuam comprados em ações brasileiras e vendidos em dólar. Isso, por acreditar que está muito caro contra o real. Apesar disso, o presente cenário, com o real desvalorizado, é interessante para as exportadoras de commodities, motivo pelo qual o fundo tem exposição nas grandes blue chips. 

XP Asset

xp asset

O gestor Bruno Marques, da XP Asset, em contrapartida, acredita que dólar é um hedge. Visto que o governo, segundo ele, está flertando com medidas não responsáveis. O problema fiscal brasileiro não está sendo tratado com a devida urgência. Ademais, a baixa taxa de juros, hoje em dia, é uma variável com muito pouca influência no dólar.

Este ano, o dólar caiu 7,8%, e, segundo o gestor, a alta da Selic até o final de 2021 não vai conter o problema da desvalorização. Mesmo porque o mercado futuro já precifica a alta dos juros. A questão do governo e do orçamento se tornaram problemas graves para a economia.

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Clara Sodré

Graduanda em Relações Internacionais com especialização em mercados financeiros, copywriting e comércio exterior. Pesquisadora voluntária em cooperação internacional europeia. Monitora no núcleo de Economia Política Internacional. Apaixonada por educação financeira e produção de conteúdo.


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