Conhecer o cenário macroeconômico do país pode ser uma tarefa complicada. Os diferentes índices e termos relativos à economia podem confundir o investidor e, por muitas vezes, levá-lo a ter uma análise equivocada do cenário brasileiro e de determinados setores. Pensando nisso, nós selecionamos os principais indicadores econômicos que o investidor deve estar atento e suas implicações para seus investimentos.
O PIB, ou Produto Interno Bruto, é a soma do consumo de todas as famílias, empresas e instituições governamentais (prefeituras, governos de unidades federativas e governo federal) de determinado país. Por isso, muitas vezes, denomina-se renda agregada.
Atenção, investidor: existe uma diferença entre o PIB e o PNB (Produto Nacional Bruto). O PNB subtrai o balanço de renda primária. Ou seja, as remessas de lucros, juros e dividendos de determinado país – enviados ao exterior, e, por isso, dá uma visão mais exata da quantidade de riquezas que determinado país tem.
O PIB é importante porque oferece uma noção de consumo e crescimento econômico de determinado país.
No Brasil, temos diferentes índices econômicos de inflação, visando analisar o aumento de preços ao consumidor, ao produtor, ao mercado, e mesmo índices em diferentes estratos sociais. Isto porque a cesta básica e o custo de vida de cada classe social varia muito, especialmente no Brasil. Desta forma, um índice inflacionário que estuda o aumento de preços para produtos da cesta das classes D e E – como o INPC. Assim, não atende à realidade de uma pessoa que pertence à classe B. Elencamos os principais:
INPC: O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) toma como referência o custo de vida de famílias assalariadas ou de rendimento de até 5 salários mínimos, o que representa hoje mais de 50% das famílias brasileiras. Por isso, é um índice de preços muito importante para acionistas de empresas que têm como público-alvo aquelas pessoas de poder aquisitivo mais baixo.
IPCA: O Índice de Preços ao Consumidor Amplo é o índice de inflação produzido pelo IBGE e tem como objetivo oferecer o valor da inflação para o consumidor final. Por isso, por muitas vezes, pode não medir exatamente o aumento dos preços para as empresas. O IPCA mede a inflação numa amostra de famílias de 1 a 40 salários mínimos. É um índice muito importante para investimentos de renda fixa indexados à inflação – como as NTN-B.
IGP-M: O Índice Geral de Preços do Mercado é o índice de inflação feito pela Fundação Getúlio Vargas – uma das instituições de ensino superior mais renomadas do país -, e é considerado um índice mais preciso para estipular o quanto a inflação afeta o mercado, pois seu cálculo é baseado na média aritmética de três indicadores de inflação (IPA-M, IPC-M e INCC-M).
A taxa básica de juros da nossa economia, também chamada taxa Selic, é um dos índices econômicos mais importantes para o investidor brasileiro. Além de ditar o preço da nossa moeda (quanto menor a taxa de juros, mais desvalorizada a moeda brasileira, em decorrência da alta oferta de moeda), a taxa básica de juros dita o rendimento de diversos produtos de renda fixa.
É importante manter em mente que Taxa Selic não é a mesma coisa que CDI. A taxa Selic é um instrumento do governo para estipular o preço da moeda e executar políticas monetárias. Por outro lado, o CDI é determinado pelas instituições financeiras. Apesar de distintos, ambos têm um desempenho muito semelhante. Caso tenha dúvidas do que é o CDI, fizemos um guia completo aqui.
O Índice Bovespa é o índice econômico da bolsa de valores brasileira, e é um excelente indicador do desempenho das ações listadas em bolsa. Sobretudo, porque é uma carteira teórica contendo algumas das empresas mais negociadas na B3, como Petrobrás, Vale e os grandes bancos.
Ademais, por ser um bom índice para demonstrar o desempenho da B3, é também o benchmark da maioria dos produtos de renda variável do mercado financeiro brasileiro.
Caso tenha dúvidas sobre algum termo do mercado, você sempre pode contar com o nosso glossário financeiro.
Graduanda em Relações Internacionais com especialização em mercados financeiros, copywriting e comércio exterior. Pesquisadora voluntária em cooperação internacional europeia. Monitora no núcleo de Economia Política Internacional. Apaixonada por educação financeira e produção de conteúdo.
