Se você investe em Fundos Imobiliários de Lajes Corporativas, com certeza já ouviu falar no processo de retrofit. Mas você sabe o que este termo significa?
Pois bem, se você não sabe o que isso significa, este artigo te mostrará o que é, seus objetivos, suas vantagens e exemplos práticos.
Palavra que une termos em latim e inglês que significa, etimológica e respectivamente, movimentar-se para trás e ajustar-se. Mas no contexto dos FIIs, ela se encaixa melhor como “modernizar”.
Dessa forma, retrofit é designado para adequação de imóveis antigos, abandonados ou em condições precárias.
Assim, o foco está sempre em cumprir novos usos ou até atender novas exigências técnicas e de normatizações.
O processo de retrofit pode ser feito de diversas formas para diferentes objetivos.
Dentre eles, os principais são:
Assim, quando ativos passam por esse processo, eles ficam mais atrativos para potenciais locatários.
Nesse sentido, a probabilidade deles serem locados por um bom valor aumenta, o que é benéfico tanto para as gestoras que administram os ativos quanto para seus cotistas.
Além disso, uma outra vantagem que o retrofit apresenta é o ganho de tempo nas aprovações e execuções, visto que a estrutura já está pronta. Logo, não há a necessidade de preparar o terreno ou fazer uma fundação.
Apesar de parecerem semelhantes, os conceitos desses termos são diferentes e, frequentemente, são usados de forma errada.
A reforma costuma ser feita para reparar as depreciações – danos causados pelo tempo e uso. São exemplos de reformas: substituir o que está quebrado, consertar infiltrações, entre outros.
É um trabalho que não necessariamente pensa em atualizar um layout.
A restauração, por sua vez, tem por objetivo devolver ao imóvel seu aspecto e características anteriores, oriundas da época de sua construção. Esse procedimento costuma ser realizado em monumentos históricos, como igrejas, casarões, etc.
Já o retrofit, como apresentando anteriormente, é uma atualização do ponto de vista técnico, tecnológico, de acessibilidade e de segurança. Para que as normas do segmento que o ativo esteja inserido seja atendido. Além de, claro, repensar o layout do imóvel, para torná-lo mais atrativo.
As imagens acima demonstram um exemplo de sucesso de retrofit.
Elas são do Edifício Paulista 2028, localizado na Avenida Paulista, na cidade de São Paulo. Na primeira imagem, podemos ver um edifício mais antigo, pouco apresentável.
Na segunda imagem, podemos ver o mesmo edifício, totalmente reestruturado e de cara nova.
Um fato interessante a ser mencionado é que, em grandes cidades como São Paulo, é cada vez mais difícil encontrar boas localizações para construir novos imóveis.
Dessa forma, o retrofit se encaixa como uma solução não apenas para preservar imóveis com algum valor histórico, mas para reaproveitar a localização que eles ocupam.
Algumas gestoras de Fundos Imobiliários de Lajes Corporativas adotaram o retrofit como uma estratégia de renda, uma vez que o imóvel tende a ser valorizado depois de passar por esse processo.
Dessa forma, um maior aluguel pode ser auferido pelas gestoras com a valorização dos imóveis. Assim, este lucro será repassado para os investidores em formato de dividendo.
É por esse motivo que investir em Fundos Imobiliários que são adeptos a realização de retrofit pode ser uma boa estratégia de investimento.
Graduando em Economia com especialização em finanças pela UFMG. Sou um verdadeiro entusiasta do Mercado de Capitais, principalmente quando se trata de Fundos Imobiliários.