fbpx Você conhece o VIX, o "índice do medo"?

Você conhece o VIX, o “índice do medo”?



Como temos acompanhado,  o VIX, um dos maiores monitores do medo dos investidores, vem aumentando significativamente com o avanço do Coronavírus (covid-19).

Neste post vamos falar sobre o que é o VIX, os impactos no mercado financeiro e quais  as oportunidades escondidas por trás dessas 3 letras.

O que é o VIX?

O CBOE Volatility Index, mais conhecido como VIX, ou “índice do medo”, surgiu em 1992, criado pelo pesquisador do mercado financeiro Robert E. Whaley e se tornou conceituado por ser o índice que mede a volatilidade dos ativos na Bolsa dos Estados Unidos. 

Como é calculado?

O VIX é calculado em tempo real pela Bolsa de Opções de Chicago e mede a expectativa dos investidores, nos próximos 30 dias, sobre as ações que compõem o S&P, índice que concentra as empresas listadas mais relevantes dos Estados Unidos.

Se a porcentagem do VIX estiver em 10%, quer dizer que os investidores esperam que o S&P possa oscilar 10% tanto para cima quanto para baixo, no entanto, quanto mais alto é o valor do VIX, mais acentuada tende a ser a queda dos ativos de uma forma geral.

O cálculo do VIX é automatizado, sendo usados uma série de dados de compra e venda de ações. Além da média de preços, tempo e taxas de variação. 

No Brasil não existe nenhum índice parecido, no entanto, os investidores usam os dados do mercado americano para tentar “lucrar” com as oscilações do mercado.

A influência do coronavírus no VIX 

Como já falamos em nosso blog, o coronavírus causou um enorme impacto no mercado financeiro, a volatilidade nos mercados ocorre devido a choques, podendo estes ser maiores ou menores, como o que estamos presenciando com o vírus.

O VIX atingiu nessa quinta-feira seu nível mais alto desde o ápice da crise subprime, em novembro de 2018. O índice subiu 40%, ultrapassando os 75,4 pontos.

O ponto mais alto já visto pelo “índice do medo” foi  durante a crise de 2008, no dia 20 de novembro, quando o índice fechou em 80,86 pontos. A variação chega a ser de 15,15% ao ano. Em 2008, o aumento foi de apenas 108% ao todo. 

Em outras palavras, quando os mercados caem em escala global, o VIX tende a aumentar. Além disso, o movimento dos investidores é pela busca de investimentos mais seguros para proteger as carteiras, estratégia conhecida pelo jargão “Flight to Safety”.

Devido a esse fato, a queda dos mercados gerada pelo período de incerteza e o efeito manada devido a saída dos investidores para investimentos mais seguros, geraram m uma queda substancial do valor das ações.

Em conclusão, essa queda dos papéis abriu um mar de oportunidades, onde várias ações estão precificadas muito abaixo de seu real valor, sendo uma ótima oportunidade para investimentos. Por exemplo, apesar da queda momentânea no valor das ações, o preço tende a se reestabelecer no longo prazo.

O VIX na guerra

A guerra entre a Rússia e a Ucrânia chamou atenção no que diz respeito a esse mercado. No dia em que foi deflagrada (24 de fevereiro de 2022), o VIX saltou expressivamente, alcançando 37 pontos, o que indica uma volatilidade média para comprar ações. Depois disso, o percentual caiu e voltou ao curso parecido com o anterior 8 dias depois.

É de se impressionar que ele tenha tido uma queda justamente no meio de uma guerra. Será que isso significa que ninguém se importa mais com os desastres acontecendo ao redor? Ou será que o mercado financeiro não está projetado para se alarmar?

Acontece que a Rússia é um país de peso de 1,8% no PIB mundial, diferente  da Ucrânia, que tem parte em 0,2% somente. Em conclusão, esses percentuais baixos contribuem para a calmaria do VIX.

Como a WeInvest pode ajudar você?

Não possui conhecimento sobre o mercado? Precisa de ajuda para investir? Fale com um de nossos especialistas e tire suas dúvidas sobre investimentos e saiba como se beneficiar com as variações geradas pelo “índice do medo”.


Clara Sodré

Graduanda em Relações Internacionais com especialização em mercados financeiros, copywriting e comércio exterior. Pesquisadora voluntária em cooperação internacional europeia. Monitora no núcleo de Economia Política Internacional. Apaixonada por educação financeira e produção de conteúdo.


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