Em 2017 foi realizada uma pesquisa e identificou-se que de um total de R$ 3,9 trilhões, patrimônio total de fundos no Brasil, cerca de 81% estava em renda fixa. Esse número já era esperado, os brasileiros ainda são muito avessos ao risco e preferem aplicar seu dinheiro em algo com menos volatilidade. Entretanto, a grande surpresa foi o crescimento da quantidade de pessoas que investem no exterior, que passou de 0,7% dos investidores em 2013 para 2,53% em 2017. Você sabe por que esse número aumentou tanto?
Investir no exterior sempre foi interessante, mas com a crise iniciada no Brasil em 2014 o investidor brasileiro passou a olhar ainda mais para o mercado internacional, até mesmo para diversificar seus riscos. A maneira mais simples de aplicar seu dinheiro no exterior é através de um fundo de investimento internacional, mas existem vários fundos dessa classe, como saber qual é o melhor para você? É exatamente isso que vou te ensinar nesse texto!
As duas formas mais comuns de investir no exterior são:
O fundo de investimento é uma modalidade de investimento coletivo, uma comunhão de recursos sob forma de um condomínio onde os cotistas têm o mesmo interesse e objetivos.
A gestão do fundo é feita por um gestor profissional e qualificado. É ele quem escolhe, de acordo com suas próprias estratégias, quais ativos comprar ou vender. Ele montará uma carteira e o investidor possuirá uma parcela dela.
Os fundos de investimentos nacionais podem ser ótimas opções, entretanto, tendo em vista que as maiores gestoras do mundo se encontram em outros países, ao investir apenas no Brasil um investidor pode estar perdendo muitas oportunidades.
Mantendo todas as suas aplicações apenas no Brasil, você estará sujeito ao risco da inflação nacional, desvalorização da moeda, risco político, entre outros fatores econômicos. Historicamente, quando há uma piora conjuntural, todos esses ativos são afetados negativamente, de forma simultânea. Um dos benefícios de investir fora é justamente diversificar a carteira de forma que nem todas as suas aplicações estejam sujeitas a esse efeito.
Entenda os benefícios que um fundo internacional pode oferecer
Para investir em um fundo internacional você precisa ter conta em uma corretora, entrar na plataforma e filtrar pelos filtros internacionais.
Para saber o passo a passo completo clique aqui.
No entanto, a grande questão é: como escolher o fundo ideal para investir?
Primeiramente, é importante que você tenha em mente que assim como nos fundos nacionais, existem várias classes de fundos internacionais (fundos de renda fixa, multimercado, ações, entre outros), e para saber qual mais combina com você é essencial que você saiba as principais características de cada uma.
Para identificar qual a classe do fundo que você deseja analisar é necessário que você entre no site da gestora, procure pelo fundo em questão e acesse a lâmina dele.
A lâmina de um fundo conterá as informações mais importantes sobre ele, tais como:
Quanto a política de investimentos, um fundo de investimentos internacional pode ser classificado em uma das formas abaixo:
São os fundos que investem em renda fixa ao redor do mundo, por exemplo, títulos públicos de países emergentes e desenvolvidos, debêntures de empresas globais como Apple, Volkswagen, ExxonMobil, Wallmart entre outros.
Boa parte desses fundos utilizam uma estratégia de proteção cambial, deste modo tem correlação com o CDI e buscam gerar a rentabilidade nos títulos no exterior.
Não sabe o que é proteção cambial para um fundo de investimentos internacionais? Clique aqui.
Separamos 2 fundos de investimentos internacionais que rendem bem acima do CDI com volatilidade próxima de 3%.
Cabe ressaltar que dentro dos fundos de renda fixa é comum o investidor se deparar com 2 classificações:
High Grade: Títulos extremamente seguros emitido por empresas que possuam um nível de risco baixo. Neste caso o investidor recebe uma rentabilidade menor por se tratar de um investimento mais seguro
High Yield: Títulos que remuneram mais por serem emitidos por empresas com um grau de risco mais elevado. Para o mundo, até mesmo os investimentos mais seguros do Brasil, como o Tesouro Direto, são considerados Títulos High Yield.
De acordo com a classificação da Anbima para ser considerado um fundo de ações o fundo deve possuir, no mínimo, 67% da carteira em ações. Além disso, para que seja um fundo de ações internacional, ele deve investir em ativos financeiros no exterior em parcela superior ou igual a 40% do patrimônio líquido.
Alguns exemplos de fundos destaques dessa classe são:
Por serem fundo de renda variável eles estão expostos a uma volatilidade maior, logo, para adquirir cotas dele você tem que estar disposto a tomar mais risco. Todos os fundos citados estão disponíveis na plataforma da XP Investimentos.
Fundos multimercado devem possuir políticas de investimento que envolvam vários fatores de risco, sem o compromisso de concentração em nenhum fator em especial.
É importante que antes de investir em um fundo desse tipo você analise em quais ativos ele possui maior posição e verifique o nível de risco do fundo. Se você se possui um perfil mais conservador, não escolha um fundo com um risco muito elevado.
Para saber exatamente quais pontos levar em consideração antes de escolher um fundo, clique aqui.
Aberdeen Multi Asset Growth Advisory FIM IE e Schroder Liquid Alternatives IE FIM são alguns exemplos de fundos internacionais multimercado.
Você viu que investir em um fundo internacional te dá a possibilidade de diversificação de carteira e permite que você tenha seu dinheiro gerido pelos melhores gestores do mundo. Mas para que você se beneficie ainda mais com esse tipo de fundo e saiba exatamente qual se encaixará melhor em sua carteira e quais combinam com seu perfil e objetivo nós podemos te ajudar.
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Luana Dennis é analista de conteúdos da WeInvest. Como uma grande entusiasta das transformações que a educação financeira e o investimento inteligente e estratégico podem trazer na vida das pessoas ela visa sempre acompanhar de perto o mercado financeiro para produzir conteúdos de alto padrão.
