O novo tipo de coronavírus na China e seu possível impacto e consequências é um assunto que vem ganhando cada dia mais destaque e tem causado uma certa preocupação de toda a população.
A epidemia já matou mais de 200 pessoas e preocupa os exportadores brasileiros, além de afetar a bolsa de valores. Uma diminuição da demanda do gigante asiático no mercado internacional pode resultar em queda de preços e se unir a outros fatores para tornar 2020 mais difícil para o setor exportador.
Diante da situação, o feriado do Ano Novo chinês foi prolongado e as bolsas de Hong Kong, Xangai e Shenzhen se mantiveram fechadas, reabrindo apenas dia 3 de fevereiro. Algumas empresas em Xangai retomarão as atividades apenas no dia 10.
Tudo isso provocou uma forte queda no preço de matérias-primas. Nesta segunda, dia 27/01 o barril de petróleo Brent caiu 2%, abaixo de US$ 60 pela primeira vez desde outubro, derrubando as ações da Petrobras em 4,3%.
Em 2003 a China vivenciou uma epidemia de Sars (síndrome respiratória aguda grave) que deixou centenas de mortos. Naquele ano, o país desacelerou de 11,1% a 9,1% entre o primeiro e o segundo trimestre.
Especialistas dizem que ainda é cedo para medir o real impacto que o coronavírus irá deixar na economia, no entanto, acreditam que será maior do que o deixado pela Sars.
Isso porque a Sars veio após uma grande crise, quando as economias iniciavam um movimento de expansão. Hoje o mundo está exatamente na direção oposta, com as grandes economias lutando para impedir que uma desaceleração mais forte na atividade possa se tornar uma recessão.
Além disso, os juros em vários países do mundo estão baixos, o que faz com que os bancos centrais tenham menos ferramentas para estimular as economias.
Tudo o que ocorre na China tem um impacto muito grande porque o país é o segundo maior importador do mundo. Sendo assim, a preocupação dos demais países com suas respectivas economias é bem grande.
A preocupação se agrava diante da falta de informações, dado que o governo chinês tem o hábito de não divulgar por completo a situação.
Em momentos de aversão ao risco, como o vivenciado com o coronavírus, o investidor tende a vender ações e comprar ativos mais seguros, como ouro e dólar. Isso fez com que as bolsas de valores de todo o mundo tivessem forte queda. Europa e EUA registraram os maiores recuos em mais de três meses.
Mesmo diante dessa situação ainda há aqueles que acreditam que esse evento não significa um movimento de venda prolongado, o banco de investimentos americano JP Morgan Chase afirmou que a alta volatilidade no mercado pode representar uma oportunidade de compra de ativos.
O que temos que fazer no momento é acompanhar de perto as novidades desse mercado e dos reais impactos que ele trará para a economia.
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Graduanda em Relações Internacionais com especialização em mercados financeiros, copywriting e comércio exterior. Pesquisadora voluntária em cooperação internacional europeia. Monitora no núcleo de Economia Política Internacional. Apaixonada por educação financeira e produção de conteúdo.