Como tudo que envolve o mundo das finanças, escolher sua previdência privada é um assunto de extrema importância e requer muita atenção. Existem diferentes tipos de previdência privada, para diferentes investidores e diferentes objetivos. Por isso, nós fizemos uma lista dos principais fatores aos quais o investidor deve se atentar ao escolher uma previdência privada.
O ativo de previdência privada se subdivide entre PGBL e VGBL.
O PGBL, ou Plano Gerador de Benefício Livre, é um tipo de previdência que é benéfico para aquelas pessoas que usam a declaração completa de imposto de renda, têm salários mais altos e/ou contribuem para o INSS. A vantagem deste plano é que o valor investido pode ser abatido no Imposto de Renda anual, que será abatido apenas no resgate do plano de previdência – sendo, portanto, um diferimento no pagamento do imposto.
Em contrapartida, o VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre – é um tipo de previdência privada recomendado para aqueles que utilizam a versão simplificada da declaração de imposto de renda ou são isentas, independente de contribuir para o INSS. Além disso, no VGBL, a tributação de IRPF ocorre apenas sob os rendimentos, e não sob o montante total.
O regime de tributação é um fator de suma importância. Visto que a previdência privada é um ativo de longo prazo, é importante que você saiba se a tributação é progressiva ou regressiva.
A tributação regressiva é mais indicada para aquelas pessoas que pretendem continuar com o mesmo ativo de previdência privada por pelo menos 10 anos. Isto porque ao longo dos anos a alíquota de tributação vai regredindo, como o próprio nome indica, com o passar dos anos. Assim, a partir do décimo ano, a tributação passa a ser de apenas 10%.
A tributação progressiva, em contrapartida, segue a tributação do IRPF sob a renda anual tributável. Sendo assim, a tributação progressiva é mais recomendável para quem vai receber valores mais baixos – de até R$2.826,5 mensais – no momento do resgate do montante.
Todos os fundos de previdência privada cobram taxas de administração para pagar o gestor que se responsabiliza pelo desempenho no fundo. No entanto, alguns fundos de previdência são também taxas de carregamento, na entrada e na saída do fundo. Esta taxa de carregamento pode ser antecipada, postecipada ou mesmo híbrida, ocorrendo tanto no aporte quanto no resgate do montante.
O fundo pode tributar o investidor, ainda, pela taxa de performance.
A taxa de performance é uma taxa em que o investidor paga 20% do excedente que o gestor conseguir acima do benchmark – que pode ser o ibovespa ou o CDI.
A questão risco x retorno deve ser analisada na aquisição de qualquer ativo, e com a previdência privada não é diferente. Ter um plano de previdência que seja compatível com seu perfil de investidor é essencial para que o balanceamento da sua carteira esteja equilibrado e para que você esteja tranquilo com relação a um ativo que, na teoria, deseja manter por muito tempo.
Não é incomum, portanto, um investidor ter dois ou três tipos diferentes de ativos de previdência privada, para que a carteira esteja em consonância com a filosofia de investimentos e o perfil de risco do investidor.
Reforçamos também que, caso você não tenha o conhecimento necessário, um agente autônomo de investimentos pode sempre ser uma ajuda que saberá os melhores ativos para o seu perfil de investidor.
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Graduanda em Relações Internacionais com especialização em mercados financeiros, copywriting e comércio exterior. Pesquisadora voluntária em cooperação internacional europeia. Monitora no núcleo de Economia Política Internacional. Apaixonada por educação financeira e produção de conteúdo.
